sábado, 1 de agosto de 2015

Cadeira Barcelona

Foi desenhada por Mies van der Rohe e Lilly Reich, para o Pavilhão Alemão da Exposição Internacional de 1929, que acontecia em Barcelona, na Espanha. Foi projetada para servir de trono para o Rei da Espanha, que estaria visitando a feira.


Nos dias atuais, é a cadeira preferida para ambientes corporativos e recepções.



O que muitas pessoas não sabem, é que a cadeira que conhecemos hoje, na verdade foi redesenhada na década de 50, na época da Bauhaus. A primeira cadeira de Mies possuía um estofado não muito confortável e usava parafusos, hoje a estrutura não possui emendas.


Quanto a sua estrutura, pode ser feita em barra chata de aço inox ou ferro cromado, as tiras são de couro, assim como as almofadas.




Na verdade, a Cadeira Barcelona não é órfã, ela possui família, uma linha inteira composta por mesa, puff e recamier.









sexta-feira, 15 de maio de 2015

Cadeira Nº 14



Em 1830, Thonet começou a fazer experimentos com madeira laminada em uma máquina. Após anos de testes, criou em 1859, a cadeira nº 14.

Michael Thonet















Foi o primeiro móvel a ser fabricado em série, visto que a fabricação de móveis naquela época era um trabalho artesanal.



Foi fabricada para ser desmontada para facilitar na entrega, podendo assim ser montada pelo cliente.
A cadeira Nº 14 possui apenas seis peças.




A cadeira foi logo adotada por bares, restaurantes e casas noturnas, pois lembrava o estilo dos cafés parisienses.




A idéia central da cadeira serviu de base para Marcel Breuer, Ludwig Mies van der Rohe e Le Corbusier a criarem outras cadeiras, mas com materiais diferentes, como aço tubular.


Catálogo de Thonet


Produtos de Thonet participando da história.

RELEITURAS


















segunda-feira, 20 de abril de 2015

Fusca e o Nazismo

O Fusca foi o carro mais vendido do mundo, sua produção durou de 1938 até 2003, quando o último Fusca foi produzido no México.
















Na década de 1930, a Alemanha era o pais menos motorizado da Europa, suas fábricas só produziam carros de luxo montados a mão, muito caros por sinal, então surgiu o conceito de um carro barato, popular, o Volkswagen, “carro popular”.

E aonde o Nazismo entra nessa história?

Na época em que Hitler estava no poder na Alemanha, ele se comprometeu com a modernização do pais e a recuperação da economia e dos empregos, então para ele, a idéia de um carro alemão, feito por trabalhadores alemães, em fábricas alemãs, era uma realização política de seu partido. Hitler deu o sinal verde para a fabricação do automóvel, bem na época em que as Autobahns (auto estradas) eram inauguradas.















Três engenheiros ofereceram cada um, uma proposta de carro popular: Josef Ganz, Edmund Rumpler e Ferdinand Porsche. Os dois primeiros eram judeus, já devem ter adivinhado que isso não agradou Hitler, então o projeto de Ferdinand Porsche ganhou.









Primeiro protótipo do Fusca



Hitler apresentou algumas exigências para o novo carro:
  • O carro deveria carregar dois adultos e três crianças (uma típica família alemã da época, e Hitler não queria separar as crianças de seus pais).
  • Deveria alcançar e manter a velocidade média de 100 km/h.
  • O consumo de combustível, mesmo com a exigência acima, não deveria passar de 13 km/litro (devido à pouca disponibilidade de combustível).
  • O motor que executasse essas tarefas deveria ser refrigerado a ar, pois muitos alemães não possuíam garagens com aquecimento, e se possível a diesel e na dianteira.
  • O carro deveria ser capaz de carregar três soldados e uma metralhadora.
  • O preço deveria ser menor do que mil marcos imperiais (o preço de uma boa motocicleta na época).
Na época, não haviam montadoras que conseguissem produzir o fusca, então Hitler criou uma fábrica especialmente para isso.

Quando o fusca foi lançado, já haviam 250 mil interessados em adquirir o carro.

A partir daí o Fusca foi recebendo algumas modificações em seu design e na mecânica, para se adequar às mudanças de tecnologia.






























Evolução do Fusca






























Propaganda vintage machista


sábado, 27 de dezembro de 2014

Cafeteira Moka



A cafeteira Moka foi inventada por Luigi De Ponti para Alfonso Bialetti, em 1933, na Itália.
A inspiração para a Moka veio de uma máquina de lavar, que usava o mesmo sistema, com água quente. Já o desenho da Moka é um design industrial, puxado para o modernismo, naquela época.

O materal escolhido para a fabricação foi o alumínio, pois a Itália era abundante nesse material, que acabou se tornando o metal nacional. E também porque Bialetti trabalhou 10 anos em uma fábrica de alumínio, além do material ser muito leve, naquela época não era um material muito utilizado.
Já o nome Moka foi inspirada em uma cidade do Yemem, Mokha, que foi uma das primeiras regiões a cultivar o café.
A cafeteira funciona da seguinte maneira: coloca-se água fria no recipiente inferior (A) e café no coador (B), a quantidade que desejar. Coloca-se a cafeteira diretamente no fogo, onde a água criará vapor pressurizado que irá se transferir para a câmara superior (C), passando pelo funil com o café e fazendo um café maravilhoso, na minha opinião.


Existem diversos tamanhos de cafeteira, fazendo de 1 a 18 xícaras de 50ml.
A Moka é mais usada na Europa e vejam só, na América Latina.
A Moka mudou a forma de beber café naquela época. Antes as pessoas só tomavam café expresso em bares, depois da Moka, as pessoas podiam fazer seu próprio expresso em casa.
Eu possuo uma cafeteira Moka pirateada, não é da marca Moka mas é igual, e tenho que dizer que estou em um relacionamento sério com ela. Antes eu nunca tomava café em casa, depois que a comprei, não paro de tomar café, só pelo prazer de ver a cafeteira fazendo sua mágica, é realmente incrível. Um perfeito exemplo de design + engenharia.
Preço mais barato que achei foi de R$ 99 na Zyba Café.